Muitos questionam-se sobre “quando é que o meu filho começa a falar?” e embora cada criança tenha o seu timing de desenvolvimento, existem 5 momentos destintos na aquisição da linguagem, até à sua estruturação básica. Vamos então descobrir um pouco mais sobre este tema.
A linguagem trata-se de um processo organizado de combinação de palavras com o objectivo de estabelecer a comunicação. Esta capacidade permite ao ser humano comunicar com o outro, tal como, refletir sobre situações e processos que não temos a capacidade de ouvir, tocar, cheirar ou sentir, ou até mesmo ideias que não podem ter qualquer forma palpável. Assim sendo, considera-se a linguagem como a primeira forma que a criança adquire para socializar com os outros.
Existem duas grandes etapas da aquisição da linguagem: pré-linguístico - quando o bebé comunica através de sons; e o linguístico - quando passa a utilizar as palavras. Para além destes dois grupos, este pode ainda ser dividido em 6 sub-estágios:
Por fim, dá-se a estruturação de frases básicas, com aquisição contínua de vocabulário (presente em torno dos 3/4 anos de idade). [1]
Como se pode verificar, o bebé desde de que nasce, comunica com os adultos, como por exemplo através do choro. Inicialmente os pais não conseguem determinar, à partida, o que cada choro indica, mas com o conhecer do seu bebé vão ser capazes de perceber se tem fome, cólicas, sono… Ao longo do crescimento, o bebé vai revelando formas de comunicar com os pais, e por volta dos 9/12 meses revela deliberadamente a intenção de imitar sons/palavras que ouve do adulto. Nessa etapa é muito importante a estimulação externa para o desenvolvimento da linguagem. A capacidade de uma criança conseguir estabelecer um diálogo começa então a ser cada vez mais visível a partir do segundo ano de vida. Por volta dessa altura, elas começam a ter pequenas conversas, e aparentemente, em pouco tempo, encontram-se vocacionadas para usar a linguagem como meio de expressar as suas necessidades e exercerem interações sociais.
Mesmo tendo em conta que as idades indicadas são apenas uma referência, existem alguns aspetos com os quais temos que ter um olhar mais crítico. Alguns exemplos a ter em consideração.
Este artigo é meramente informativo e não serve de diagnóstico ou despiste. Caso se reveja em alguma destas situações, tenha alguma dúvida ou inquietação, recomenda-se o aconselhamento especializado. Apenas um especialista poderá fazer um despiste ou diagnóstico preciso.
Dr.ª Susana Vaz